2 de setembro de 2013

Quando se dobram os carvalhos


O cenário bíblico, sabemos, é formado por paisagens inóspitas. Quase todas as regiões mencionadas na Bíblia estão situadas nas partes mais áridas da Terra. Nossos heróis da fé e todos os personagens bíblicos habitaram desertos e acostumaram-se a viver em terras de baixíssima fertilidade.
Ao prometer uma terra onde “mana leite e mel”, Deus acenava com novidades. Deus prometia campinas verdejantes, terras férteis e paisagens mais vívidas.
As árvores do deserto são, em geral e quando existem, parecidas com o Cerrado do nosso Centro Oeste brasileiro. São árvores de pequeno porte e quase nenhuma utilidade.
Quando a Bíblia menciona árvores frondosas como os CARVALHOS, ela está falando de um tipo de vida com a qual a maioria dos homens não está habituada. Para quem conhece apenas arbustos, cactos e acácias retorcidas, a simples visão de um frondoso CARVALHO ou de uma FIGUEIRA frutífera pode ser surpreendente.
Quando a profecia de Isaías menciona a expressão CARVALHOS DE JUSTIÇA, a alusão é imediata: Carvalho significa não apenas grandeza e robustez incomuns, mas também longevidade, imponência, vida e sobretudo ALEGRIA.
Deus nos fez CARVALHOS em meio a paisagens desérticas!
A ALEGRIA é marca do cristão, porque ela brota de uma raiz que se alimenta diretamente da Água da Vida, que é Jesus. Somos alegres porque sabemos que temos e LONGEVIDADE e a FORÇA dos Carvalhos...não nos dobramos com facilidade.
Sabemos das instruções de Jesus, de Paulo e dos demais apóstolos nos exortando a cultivar uma vida de ALEGRIA, mas, convenhamos...até os CARVALHOS se dobram.
Somos um povo alegre, mas também nos entristecemos. ECLESISATES 3:4 diz que há tempo para choro. Mesmo vivendo uma vida de riso, há momentos em precisamos chorar. Há momentos em que o próprio Deus chora! Os Evangelhos falam de pelo menos três oportunidades em que lágrimas desceram até mesmo pelo rosto do Cristo. Sim, Jesus também chorou!
Conhecemos e já estudamos bem as instruções de Paulo aos Filipenses, quando o apóstolo conclama: “Alegrai-vos sempre no Senhor....outra vez vos digo: Alegrai-vos!” (Fp.4:4)
Este sermão também poderia ter o título de “Tristezas Obrigatórias” pois entendo que existem momentos em que DEVEMOS nos entristecer? Que momentos são estes?
Assim como Jesus enquanto andou por aqui, o cristão se entristece quando percebe tristeza no coração de Deus. A tristeza de Deus reverbera diretamente no coração daqueles que estão sintonizados com Ele.
Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. (Rm.12:15)
Então, choremos sempre que percebermos que Deus também chora! Permita que seu coração se entristeça quando você perceber que o coração de Deus está triste. E quando o coração de Deus se entristece?
1) Deus se entristece quando fica claro que sermões inspirados e milagres impressionantes não são suficientes para produzir mudanças significativas no destino dos homens. Deus se entristece quando, mesmo com todo o esforço dEle e da Igreja,  o pecador não se recusa a se arrepender.
2) Deus se entristece quando as limitações e fraquezas de seus filhos ficam evidentes e quando essas fraquezas finalmente produzem rompimentos, derrotas e mortes.
3) Deus se entristece quando percebe que seus filhos, por desconhecimento da verdade, caminham, iludidos, em direção à derrota.

0 comentários:

Postar um comentário