23 de setembro de 2013

Ensinos revolucionários da Cruz: PEDIR PERDÃO!


Uma das principais características do Evangelho de Jesus é o seu caráter absolutamente REVOLUCIONÁRIO. O ensino de Cristo veio para confrontar conceitos que estavam estabelecidos havia séculos! Ao confrontar a RELIGIÃO e seus preceitos tão profundamente arraigados na cultura daquele povo, Jesus revelava que seu ensino seria, antes de qualquer coisa, REVOLUCIONÁRIO. Foi por isso que por diversas vezes, Ele observou a surpresa das pessoas que O ouviam. Foi assim com Nicodemos, por exemplo, quando Jesus lhe falava sobre o novo nascimento. Foi assim com o jovem rico, quando Jesus lhe exigiu renúncia aos bens materiais. Foi assim com os fariseus, quando Jesus se permitiu ser amigo de pecadores, conversar com prostitutas ou relacionar-se com inimigos do judaísmo.


O Sermão do Monte “deu o tom” de tudo aquilo que Jesus haveria de ensinar em seus três anos de ministério. Naquele primeiro grande discurso, Jesus já dava amostras de que Ele não viera para ensinar conformismo, mas que pregaria diversas formas de revolução. Foi este aspecto de sua mensagem, aliás, que despertou a ira de políticos, religiosos e poderosos que mais tarde iriam conspirar para sua morte.


Quer ver alguns exemplos do ensino revolucionário da cruz?


1) Mais que amar amigos, devemos amar inimigos! (Mt.5:43-33)

2) Total desapego aos bens materiais (Mt.5:40)

3) Não às preocupações com a própria vida (Mt.6:25)

4) Não julgar, não “reparer” na vida do próximo! (Mt.7:1-3)


Mas de todos os ensinos revolucionários, o que mais dúvidas causou entre os discípulos foi o ensino do perdão. Cristo ensinou não apenas a perdoar de forma indistinta e sincera, mas também nos ensina a procurarmos perdão. Se não buscarmos o perdão do próximo, estamos INABILITADOS até mesmo para entregar as oferta no altar!


Leiamos Mt.5:23-24

"Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.”


Pedir perdão é mais que demonstração de arrependimento; é mais do que simples desejo de “colocar pedra em cima” e seguir a vida como se não tivesse praticado nenhum mal...

Se saber perdoar é marca do cristão, saber pedir perdão é marca do cristão que ama a paz. Pensando nesse tema, pelo menos quatro considerações me afloram à mente:


1) É preciso pedir perdão quando se sofre diante da justa possibilidade de ver rompida uma relação da qual depende seu conforto e felicidade.


2) Precisamos aprender a pedir perdão não apenas quando ofendemos o próximo, mas principalmente quando o próximo se sente ofendido.


3) A pessoa que pede perdão é aquela que valoriza mais a relação do que o próprio ego.


4) A disposição de se buscar perdão é algo próprio de quem sabe que a felicidade se constrói em cima de relacionamentos duradouros e a derrota se estabelece nos relacionamentos rompidos.
 
O reino de Deus entre os homens se estabelece em meio ao mútuo acordo. Quando homens concordam entre si, Jesus se posiciona entre eles. A presença de Deus (Mt.18:20). Logo, é de se concluir que quando há discordância entre irmãos, a presença de Deus fica inviabilizada. Buscar pois, o perdão diário e a constante harmonização de nossas relações é fator preponderante para que Cristo esteja em nós e entre nós.

(Pr. Jairo Ishikawa)

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