14 de julho de 2013

Aprenda a lidar com o Poder

A pregação de hoje tem como texto de análise o que está em Mateus, capítulo 18, versículo 23 a 35. 
23 Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; 24E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; 25E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
26Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. 27Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.  28Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
29Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. 30Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
32Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. 33Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?  34E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. 
35Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Jesus contou esta história em uma das conversas que teve com os seus discípulos. É uma história que fala de perdão, mas nas entrelinhas, no contexto há uma mensagem muito forte e clara a respeito do exercício de Poder.  Para isso, analise os capítulos anteriores ao 18 no mesmo livro de Mateus.
No capítulo anterior de Mateus, Jesus levou dos seus discípulos, apenas Tiago, Pedro e João ao monte Tabor onde aconteceu a experiência da transfiguração. Depois disso, Jesus pediu que os três não contassem aos demais. Os três foram diferenciados dos demais, ou pelo menos poderiam sentir-se assim, "mais poderosos". 
Na sequencia, em um encontro com Jesus, a multidão vem ao Cristo reclamar que os seus discípulos não tinham conseguido expulsar demônios. Não conseguiram exercer poder para a tarefa. 
A seguir, Jesus fala aos discípulos sobre a sua morte que se aproxima. Este assunto os deixa tristes pela separação , mas também inquietos porque há um projeto político vislumbrado pelo povo e pelos discípulos prevendo que Jesus seria o próximo rei de Israel, no lugar de Herodes. Se isso ocorresse, os discípulos teriam a oportunidade de obter outro tipo de poder. 
Ainda há uma passagem sobre a questão do imposto, quando Jesus afirma que o povo deve dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus. 
O capítulo 18 começa com uma discussão sobre quem era maior no Reino dos Céus. Também tem a passagem bíblica sobre a mãe que pede um lugar aos seus dois filhos no reino de Jesus - o reino terreno sobre o qual o povo tinha expectativa. Jesus responde sobre humildade, sobre servir a Deus e perdão. Pedro então pergunta sobre quantas vezes se deve perdoar o irmão e Jesus responde que 70 vezes 7. 
É neste contexto que Jesus narra a parábola descrita acima. 
A passagem do homem na terra é uma fase de aprendizado para a vida na eternidade. Jesus ensina isso. Para entrar na eternidade temos que passar por Jesus, que é quem abre as portas do eterno. 
Mas o que o homem fará na eternidade? 
Há indicações no texto para algumas respostas.  
No céu, louvaremos a Deus, cantaremos louvores e também exerceremos autoridade como está explicado nesta parábola. No livro de Apocalipse 20:6 diz que os salvos governarão com Cristo. 
Poder para exercer opressão ou justiça. Jesus  dá autoridade para exercer o poder sem a necessidade de força. Este é um dos grandes ensinos de Jesus.  
1- Os muitos exemplos de vida deixados por Jesus nos mostram que o exercício de toda e qualquer forma de poder passa, OBRIGATORIAMENTE, pela prática do amor e do serviço em favor do Reino de Deus. O poder praticado sem amor não é eterno. 
2- Todo tipo de poder que emana do Evangelho de Cristo, seja ele sobrenatural, pessoal ou institucional, deve ser utilizado de forma a engrandecer o Reino de Deus e não reinos humanos. 
3- Todo tipo de poder que emana no Evangelho de Cristo, seja ele sobrenatural, pessoal ou institucional, somente será eterno na medida em que participamos incondicionalmente da eternidade de Deus. Fora da eternidade de Deus, todo poder é passageiro. 
4- Poder de Deus se recebe e se exercita pelo dom do Espírito Santo e não por inspiração humana, determinação política ou conspiração humana. Atos 1:8 "Você receberá poder quando vier sobre você o Espírito Santo." A pessoa desejar poder, como poder exemplo, ser prefeito, vereador, deputado, é legítimo. Mas nesse caso deve-se antes de uma candidatura buscar a vontade e a capacitação do Espírito Santo. Se o Espírito Santo desejar você será. 
Advertência de Jesus:  Mateus 20:25 e 26
"Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal."
Mateus 20:25-27

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