O
caminho do erro é largo (Mt.7:13). Não é largo apenas por dar a seus
caminhantes uma falsa sensação de conforto e segurança; é largo porque
são muitos os que por ele se aventuram. Uns entram pelo caminho do erro
por pura ignorância (Mc.12:24); erram o caminho simplesmente porque
ainda não descobriram o certo, o justo, o excelente (Ef.3:5). Para
estes, que entram pela trilha do erro por desconhecimento,
há reservado menor juízo (Lc.10:13-14) do que para um outro grupo de
errantes.
Refiro-me, especificamente, àqueles que, tendo pleno
conhecimento daquilo que é justo, tendo a exata noção de diferença entre
certo e errado, deliberadamente optam pelo espaçoso caminho da
injustiça. Ao jovem pastor Timóteo, o Apóstolo Paulo alertava sobre um
perigo que igreja enfrentaria: a presença de homens que aparentam falsa
piedade, vestidos com os mantos de enganosa religiosidade, mas
verdadeiros amantes de seus próprios umbigos (2Tm.3:1-5). São homens que
conhecem o bem, mas optam pelo mal. Estes não apenas trilham o caminho
do erro, como vivem à espreita para levar outros a fazê-lo (Mc.13:22).
Andam pela senda da injustiça apoiando-se em almas desavisadas, por eles
enganadas, iludidas a ponto de abandonarem a prática do perdão, da
justiça e do amor, tudo em nome de uma cega defesa de pontos de vista
equivocados, de conceitos deturpados, valores maculados pelos confortos
da largueza.
O caminho largo é assim... Oferece não apenas a agradável
sensação de conforto e segurança, mas também argumentos e ferramentas
que facilitam a mobilização de mais e mais caminhantes.
Mas
convenhamos...É difícil abandonar o caminho largo. Jesus dizia que é
necessário esforço (Lc.13:24). Exige-se desprendimento de valores
mundanos; exige-se vigor para viver longe da aprovação das maiorias;
exige-se disposição para enfrentar as poderosas armas da injustiça;
exige-se paciência para esperar que o correto se restabeleça.
Mas a
principal exigência para se abandonar o caminho largo é dispor-se a
andar pelo estreito caminho proposto pelo Mestre da Galiléia. João
Batista andou pelo caminho estreito. Paulo e o próprio Jesus também.
O
caminho estreito é assim... Oferece a glória do Pai, mas pode
invariavelmente passar pela cruz, pela espada ou pela humilhação.
Oferece vitória verdadeira e eternidade, mas vai te obrigar a pisar em
espinhos, enfrentar curvas escuras e muitas vezes, fome de justiça. O
caminho estreito não garante conforto terreno nem aplausos humanos, mas
se você já sabe a diferença entre certo e errado, optar pelo errado não é
apenas pecado. É burrice.
Que me desculpe o gentil leitor, mas não encontrei uma palavra
menos chula para adjetivar essa brusca porém bastante objetiva
conclusão. (Pr. Jairo Ishikawa)
27 de junho de 2013
O caminho largo
quinta-feira, junho 27, 2013
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