O texto base desta mensagem é o seguinte:
O homem levou-me de volta à entrada do templo, e vi água saindo de debaixo da soleira do templo e indo para o leste, pois o templo estava voltado para o oriente. A água descia de debaixo do lado sul do templo, ao sul do altar.
Ele então me levou para fora, pela porta norte, e conduziu-me pelo lado de fora até a porta externa que dá para o leste, e a água fluía do lado sul.
O homem foi para o lado leste com uma linha de medir na mão, e, enquanto ia, mediu quinhentos metros e levou-me pela água, que batia no tornozelo.
Ele mediu mais quinhentos e levou-me pela água, que batia na cintura. Mediu mais quinhentos e levou-me pela água, que chegava ao joelho.
Mediu mais quinhentos, mas agora era um rio que eu não conseguia atravessar, porque a água havia aumentado e era tão profunda que só se podia atravessar a nado; era um rio que não se podia atravessar andando.
Ele me perguntou: "Filho do homem, você vê isto? " Levou-me então de volta à margem do rio.
Quando ali cheguei, vi muitas árvores em cada lado do rio.
Ele me disse: "Esta água flui na direção da região situada a leste e desce até a Arabá, onde entra no Mar. Quando deságua no Mar, a água ali será saneada.
Por onde passar o rio haverá todo tipo de animais e de peixes. Porque essa água flui para lá e saneia a água salgada; de modo que onde o rio fluir tudo viverá.
Pescadores estarão ao longo do litoral; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá locais próprios para estender as redes. Os peixes serão de muitos tipos, como os peixes do mar Grande.
Ezequiel 47:1-10
Hebreus 11:3
O homem levou-me de volta à entrada do templo, e vi água saindo de debaixo da soleira do templo e indo para o leste, pois o templo estava voltado para o oriente. A água descia de debaixo do lado sul do templo, ao sul do altar.
Ele então me levou para fora, pela porta norte, e conduziu-me pelo lado de fora até a porta externa que dá para o leste, e a água fluía do lado sul.
O homem foi para o lado leste com uma linha de medir na mão, e, enquanto ia, mediu quinhentos metros e levou-me pela água, que batia no tornozelo.
Ele mediu mais quinhentos e levou-me pela água, que batia na cintura. Mediu mais quinhentos e levou-me pela água, que chegava ao joelho.
Mediu mais quinhentos, mas agora era um rio que eu não conseguia atravessar, porque a água havia aumentado e era tão profunda que só se podia atravessar a nado; era um rio que não se podia atravessar andando.
Ele me perguntou: "Filho do homem, você vê isto? " Levou-me então de volta à margem do rio.
Quando ali cheguei, vi muitas árvores em cada lado do rio.
Ele me disse: "Esta água flui na direção da região situada a leste e desce até a Arabá, onde entra no Mar. Quando deságua no Mar, a água ali será saneada.
Por onde passar o rio haverá todo tipo de animais e de peixes. Porque essa água flui para lá e saneia a água salgada; de modo que onde o rio fluir tudo viverá.
Pescadores estarão ao longo do litoral; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá locais próprios para estender as redes. Os peixes serão de muitos tipos, como os peixes do mar Grande.
Ezequiel 47:1-10
Ezequiel é um profeta de Deus que
viveu em uma época de constantes reviravoltas na política internacional da
região. O império Assírio, o Império Egípcio, o império Egípcio (Faraó Neco) e
o Império Babilônico (Nabucodossor) se revezaram no domínio das terras
palestinas. Ora um ora outro dominava o povo de Israel, que vivia camabaleando
entre diferentes dominadores.
Sucessiva derrotas diante de
nações estrangeiras foram permitidas por Deus como represália contra a rebeldia
de Israel contra Deus. Os hebreus achavam que Deus, em sua imensa bondade,
jamais permitiria que Jerusalém, a Cidade-Santa e seu templo sagrado fossem
destruídos. Eles viviam sob aquele clima de licenciosidade de quem acha que a
bondade de Deus fará com que Ele não puna a iniquidade. Grande erro!
O compromisso de Deus sempre foi
com o povo de Israel e não com templos, muros ou paredes. Israel foi se
aprofundando cada vez mais no pecado, afastando-se mais e mais do Deus
verdadeiro, até que veio o juízo.
No mês de Julho do ano 586 A.C.,
Jerusalém foi sitiada e caiu diante das tropas babilônicas. Os muros foram
rompidos nesse dia e a cidade foi invadida, saqueada, humilhada. Os homens que
restaram foram escravizados e, ponto máximo da vergonha diante de um Deus
amoroso porém justo, no dia 14 de Agosto daquele ano o templo foi incendiado.
O Reino de Davi já não existia
mais. A cidade-santa foi profanada. O templo máximo da religiosidade secular
dos hebreus, foi reduzido a ruínas, e o povo escravizado, humilhado.
Mas o ministério profético de
Ezequiel dividiu-se claramente em dois momentos bastante distintos. Ezequiel
profetizou juízo e destruição, mas também profetizou cura, restauração e consolo.
As três visões de Ezequiel,
narradas a partir do capítulo QUARENTA de seu longo tratado profético, falam de
restauração de toda essa destruição. Deus aponta para a luz no fim de um longo
túnel de sofrimento e dor.
1) DESCREVENDO A VISÃO DAS ÁGUAS
PURIFICADORAS
Ezequiel viu um homem que ele
descreve como “parecido com o bronze”. É possível que fosse aspecto de um
soldado usando uma armadura. Este homem leva Ezequiel a um passeio pelo futuro
de Israel. Em sua visão, Ezequiel é levado a sobrevoar uma Jerusalém curada,
uma terra restaurada e, mais que isso, uma terra de onde fluía um rio de águas
restauradoras que curaria toda a terra em redor. Águas que se avolumavam,
oferecendo cura abundante a todos os povos.
Importante frisar aqui o
significado da ÁGUA para aquele povo habitante de desertos. Para nós
brasileiros, acostumados à fartura de águas doces e excelentes, fica um tanto
difícil compreender o significado e o impacto que uma visão de águas limpas e
doces provoca em um hebreu. A água doce, tão escassa naquelas terras e naquelas
culturas, é símbolo máximo da vida. Naquele contexto cultural, água é ALEGRIA,
é RIQUEZA, é PROSPERIDADE, é SAÚDE, é FELICIDADE, é VIDA! Experimente ficar um
dia inteiro sem beber um gole de água. Depois disso, com a boca bem seca e a
garganta clamando por um gole de um líquido fresco, leia esse texto. Você
talvez entenda um pouco mais o impacto que aquela visão causou em Ezequiel.
Mais que isso, talvez você entenda o que DEUS queria que Ezequiel entendesse e
transmitisse ao povo sofrido, humilhado, sedento de restauração.
Na visão, saía água pelas portas
do templo reconstruído. Saía muita água. Água limpa, cristalina, que inundava
os arredores e seguia na direção do Mar Morto.
No início, as águas davam nos
tornozelos de Ezequiel. Nenhuma novidade. Ezequiel conhecia muito bem os
córregos da região, com águas suficientes apenas para molhar canelas. Água
pouca, escassa, insuficiente.
Mas as águas subiram. Começaram a
dar pela cintura e isso já era algo diferente, não corriqueiro. São poucos os
mananciais em Israel que possibilitam um banho com água pela cintura.
Mas Deus tinha mais! Tinha algo
novo e surpreendente. Águas tão profundas, que somente poderiam ser vencidas a
nado!
E assim, Ezequiel foi levado a
águas cada vez mais profundas. Deus não estava satisfeito com a
superficialidade do relacionamento que o povo mantinha com Ele.
Deus estava interessado em subir
o nível de relacionamento com aquele povo birrento e duro a quem Ele amava
tanto. Mas o povo nunca desejou um relacionamento profundo com Deus, pelo menos
nunca desejou até que SOFRESSE. Até que percebesse que o aprofundamento da
relação com Deus era não apenas necessária e desejável: Era CRUCIAL para a
sobrevivência da Nação. Sem se aprofundar cada vez mais em águas purificadoras
e restauradoras, Israel jamais sairia do buraco em que se meteu.
Deus nos convida, mais do que
isso, Deus nos EXORTA a aprofundarmos nossa relação com Ele. Chega de evangelho “água na cenela”! Já
foi o tempo em que uma oraçãozinha por semana, uma visita esporádica a uma
igreja, uma oferta em dinheiro era aparentemente suficiente para manter-nos “em
dia” com nossa religiosidade vazia!
(Jo.4:23 – Verdadeiros
Adoradores: aqueles que adoram em profundidade, não adoração “água-na-canela”!
Adoração verdadeira, compromissada, absoluta!)
É
tempo de Evangelho restaurador. Mais do que nunca, o mundo precisa
de águas transformadoras, águas que curam. O mundo está doente e a cura, como
um rio caudaloso, flui do Trono de Deus e não dos pequenos tronos que satanás
implantou nessa terra destruída!
É
tempo de Evangelho abundante. Jesus disse que veio para trazer vida,
mas não qualquer vida. Vida uma ameba também vive. Uma bactéria, uma planta, um
inseto também têm vida. Não é dessa vida rasteira, animal, vida medíocre que
Jesus está falando. Ele veio para trazer “vida com abundância”, como águas
profundas, onde você vai NADAR na bênção e não apenas andar com vida pelas
canelas...vida medíocre, vidinha sem desafios, sem surpresas, sem vitórias, sem
empolgação! Em João 10:10 Jesus fala de vida que transborda para a eternidade,
vida que não se pode viver com os pés no chão senão você se afoga! A vida que
Jesus oferece é uma vida que faz você flutuar, vida que tira teus pés desse
chão que ora está empoeirado pela falta de água, ora está barrento porque a
água é pouca!
Mas o cristianismo dos dias
atuais não é assim. Como os hebreus distantes de Deus nos dias de Ezequiel, nós
aprendemos um cristianismo descompromissado, um cristianismo sem profundidade,
um cristianismo água-pelas-canelas.
Cristianismo que não incomoda o
inferno, que não incomoda o mundo, mas que se conforma com ele, que assume as
formas do mundo.
A igreja de hoje está em perigo.
E pior perigo que a igreja enfrenta não é a próxima novela da Globo, que vai defender
o casamento homossexual. O maior perigo do cristianismo de hoje não é a
violência que está aí, mas que na verdade sempre esteve. Também não é a droga
que ameaça nossos jovens e nem o alcoolismo ou a prostituição que destrói
famílias.
O maior perigo que vivemos hoje é
o de vivermos um evangelho água-na-canela. Aquele tipo de evangelho suficiente
apenas para acalmar nossa religiosidade, para nos dar uma falsa sensação de
“dever cumprido”. Esse evangelho “água-na-canela” está levando multidões de
cristãos, até mesmo líderes e religiosos, para longe de Deus. E´, se não houver
um processo de CONVERSÃO, esse distanciamento será crescente, até que a
distância entre Deus e o homem seja tão grande que já não possa mais acontecer
reaproximação.
Quais são os perigos que corremos
quando vivemos um evangelho superficial?
1) O evangelho superficial, sem
profundidade na relação com Deus e com sua Palavra não será suficiente para
curar todas as feridas causadas por uma vida inteira de escassez espiritual.
2) A superficialidade de nossas
relações com Deus produzem uma falsa sensação de proximidade com a Eternidade.
Você pensa que é amigo de Deus, mas pode ser que esteja muito longe dele, tão
longe que Ele nem mesmo te conhece mais! (Lc.13:27)
3) O evangelho superficial, ao
invés de produzir cristãos compromissados com o amor e a misericórdia de Deus,
tende a produzir pessoas meramente religiosas, legalistas, carrancudas,
convencidas de uma santidade equivocada, pessoas preconceituosas e sem
misericórdia com as necessidades do próximo
Devocional
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. Hebreus 11:3